Na faculdade tive uma disciplina sobre animação 3D. O trabalho final dessa disciplina era fazer, em grupo, uma animação 3D que contasse uma narrativa. Eu já tinha experiência com modelagem 3D em outro software, mas antes dessa disciplina nunca havia interagido com o Maya ou feito uma animação 3D com uma narrativa maior. Nesse projeto trabalhei com um grupo que já tinha familiaridade com outros trabalhos da faculdade: Guilherme Salvador, Gustavo Flôres, Luiz Felipe Martins Pinto e Pedro Hadardt.
Trouxe uma ideia para o grupo que se encaixava no tempo que tínhamos e ainda seria interessante e divertido. Era sobre um robô de limpeza em um laboratório, que conforme tentava fazer seu trabalho, ia exponencialmente sujando e quebrando mais o lugar.
Discutimos algumas das questões técnicas e definimos melhor um desfecho para história; fizemos um storyboard e pensamos em como resolver cada cena.
Com o planejamento feito, começamos a modelar os objetos e o cenário. Eu modelei e fiz o rigging do nosso robô, enquanto o resto do grupo modelava o cenário. Com as versões dos personagens e cenários feitos; dividimos pelo storyboard quem animaria cada parte.
Como estava tudo bem definido com o storyboard e nossas discussões, não tivemos grandes problemas para animar.
Tivemos algumas consultorias com o professor da disciplina, Eduardo Nogueira, que nos ajudou com questões técnicas da animação e a direcionar nossos esforços para o que valia a pena gastar tempo.
Como nosso prazo era apertado, o tempo de render era um problema. Eu e o Gustavo tivemos a ideia de usar os computadores da faculdade como render farm. Alguns dias antes, pegamos algumas das cenas que levariam mais tempo para renderizar e dividimos os frames em vários computadores da faculdade; deixamos durante a noite e voltamos pela manhã para pegá-las.
Com todas as cenas animadas, era uma questão de montar o curta, sonorizar e fazer a pós produção.